Teremos que ajudar pessoas e negócios que sofreram as consequências diretas do isolamento.
O isolamento social tem sido a prática de grande parte da população do RS. Ficar em casa não é uma tarefa fácil, pelo contrário, requer persistência emocional e um senso de sociedade apurado. Exceções à parte e não entrando no debate se é a melhor conduta ou não, os cidadãos vêm cumprindo com as orientações do governo. Por aqui, os números de infectados e mortos pelo coronavírus são mais controlados do que no resto do Brasil e animadores para a volta à suposta “rotina”.
Mas voltar também não será fácil. Depois do bombardeio de informações que recebemos e que ainda chega até nós, ir à esquina buscar pão virou um desafio de guerra. Máscara, olhos protegidos e distância das pessoas. Se alguém chega a espirrar, bem, aí é uma correria. Estamos no “novo normal”, como dizem os especialistas ou aqueles que acham que entendem de comportamento. Enfim, tudo isto é esperado. Porém, minha atual dúvida é sobre a volta da economia. Como será o nosso retorno? Como será a retomada dos negócios? Já se fala em trauma da vida “livre” e temos que ter muita atenção para este fenômeno. Passada ou diminuída a pandemia, será necessário voltar aos poucos para iniciarmos
a recuperação. Assim como ajudamos na saúde, teremos que fazer o mesmo pelas pessoas e negócios que sofreram as consequências diretas do isolamento. Não serão poucas empresas fechadas e pessoas desempregadas. Isto é um fato! Por mais que apoiemos as medidas para contenção do vírus, teremos consequências duras para o mercado e para os empregos. Não tem como dissociar, infelizmente!
Gostaria muito de acreditar que tudo fechado não traria consequências drásticas. Mas isto não é verdade. Para aqueles que precisam do fluxo de pessoas, estamos vivendo o caos. No atual momento do Estado, que apresenta baixo número de óbito se situação controlada dos leitos de UTI, devemos reagir com os devidos cuidados. Precisamos pensar em voltar. Com segurança, mas voltar. Caso contrário, não encontraremos mais nada pelo caminho.