A POLÍTICA DOS POLÍTICOS
Por Michel Zavagna Gralha
A vida dos cidadãos seria muito melhor se fosse uma propaganda política. Impressionantemente, as propagandas políticas têm a habilidade de transformar o caos atual em beleza maquiada e as ideias retrógradas em soluções perfeitas. Trata-se da velha forma de fazer política.
Há pouquíssimas alternativas. Os brasileiros, em especial os gaúchos, responsáveis em certa medida pelo incentivo a políticos e “pensadores” assistencialistas, presenciam pouquíssimas alternativas suficientes para sair do péssimo estado em que se encontram suas cidades. O que se observa é a inversão da lógica e a criação de verdades baseadas em uma população que espera do Estado a saída para seus problemas.
Enquanto outros locais no mundo crescem focando no desenvolvimento da sua juventude e no livre mercado, por aqui fica cada vez mais difícil ter o próprio negócio e desenvolver uma atividade privada lucrativa. Enquanto vemos nos outros países uma luta por um mundo mais livre e mais desafiador, por aqui testemunhamos uma juventude “pseudossocialista” clamando pela volta de um governo corrupto e paternalista. E o que é pior, não são apenas jovens “rebeldes”, são jovens influenciados por um sistema de educação partidária muito bem montado em nossas escolas e universidades, públicas e particulares. Uma ideologia nociva mata um país e, mais, mata a população. Torna a força de trabalho apática e preguiçosa. Faz do povo uma massa de manobra impotente e sem rumo. Por isto, muitos dos que querem empreender têm buscado outras nações para desenvolver seus negócios e criar seus filhos, pensando, exclusivamente, como pessoas que querem o melhor para si e para suas famílias. E, o que mais preocupa, são as gerações futuras que acreditam no Estado provedor e na distribuição de renda, da forma que está sendo pregada.
Certamente, tudo errado. Nossos jovens precisam ser melhor orientados. Precisam de perspectivas para desenvolverem suas competências. E o início, apesar do atual sistema, ainda é o voto. Pense muito sobre o seu candidato. Esqueça benefícios pessoais e faça sua escolha como cidadão. Discuta suas ideias, enfim, participe da vida política. Caso contrário, permanecerá reclamando pelos próximos anos.