SEMPRE HÁ TEMPO!
Por Michel Zavagna Gralha
A situação política do Brasil é tão peculiar que para a grande maioria de nós, cidadãos comuns, parece que vivemos em um mundo irreal quando falamos desse assunto. Todos os dias, as notícias tornam evidente que políticos, quase que na sua totalidade, têm relação promíscua com o dinheiro. Nas delações ou grampos, as conversas tratam de milhões como se fossem centavos. Impressionante como pessoas eleitas pelo povo tornam-se ou mantêm-se ávidas por recursos para manutenção de seus luxos pessoais ou benefícios de terceiros.
Nessa prática, assemelham-se muito a grandes ditadores modernos que tornaram seus países e suas populações miseráveis enquanto aproveitam suas vidas nababescas junto de seus familiares e amigos mais próximos. O ponto em comum disso tudo são Estados inchados que funcionam como grandes pontes financiadoras entre os que geram riquezas e os parasitas, leiam-se todos aqueles que não produzem e vivem sugando a energia laborativa daqueles que mantêm firme o propósito de gerar valor à sociedade. Não há como nações prosperarem com culturas estatais tão enraizadas. Pior que, por aqui, ainda ouvimos campanhas políticas reforçando a necessidade de aumentar ainda mais o tamanho do Estado e diminuir o custo de impostos para a população. Equação impossível e eleitoreira. Discurso bonito, porém economicamente inviável.
Após anos de políticas assistencialistas de esquerda e com reduzido investimento em ensino de qualidade, é possível que ainda tenhamos parte dos brasileiros que acredita no milagre do mundo mágico. Esqueçam! Essas ideias, em parte, contribuem para a situação atual, pois, se hoje roubam tanto, temos basicamente duas razões: falta de caráter e livre acesso a muito dinheiro público. A receita pode ser mais simples do que parece, temos que votar de forma mais qualificada e apoiar todas as operações de moralização do país. Somado a isso, é preciso reduzir drasticamente o tamanho do Estado, deixando que esse gigante inoperante possa dedicar-se a poucas questões. Ao final disso tudo, sequemos a fonte infindável de recursos públicos e saberemos quem realmente tem interesse nobre e merece nosso voto e confiança.