Estamos vivenciando o maior efeito manada de todos os tempos
A vida em sociedade requer uma série de adaptações. Não podemos fazer tudo o que queremos, sob pena de descumprimento de regras sociais e legais. Nos últimos meses, acrescentemos mais elementos: os novos impedimentos políticos, causados por medidas concretas dos governantes brasileiros, sobre assunto “desconhecido”, pautados por parcela de profissionais e pesquisas que traduzem o que eles querem ouvir. Combinação bombástica, quando por trás do discurso há vidas a serem preservadas. Aliás, vidas que sempre são únicas; não precisamos discutir o óbvio.
Pois bem, nisto tudo o “fique em casa”, use máscara, feche o seu estabelecimento, viva de “sei lá o quê” e não produza, foi respeita- do por muitos. Alguns por concordância e outros por receio de penalidades pelo todo poderoso Estado e seus órgãos fiscalizatórios. O preço disso tudo ainda não sabemos, mas é possível imaginar. Agora, o que foi feito até hoje e tudo de que abrimos mão têm que ter uma razão e uma lógica muito claras! Então, em meio ao pico de contaminação, libera- ramo futebol. Por mais singelo que esse ato possa parecer, tudo vem abaixo, não pode ser verdade! E a preocupação dos políticos com a saúde? Com as vidas? E os hospitais lotados? Então, tecnicamente, ingressar em uma loja, academia ou escritório, a dois metros de distância de outras pessoas, sem nenhum contato físico, não pode, mas treinar e jogar pode? Qual o sentido? Realmente chegamos ao limite do absurdo e da falta de critério. No início da pandemia, treinos proibidos; no pico, treinos e até jogos liberados?! E a preocupação com a saúde dos cidadãos? Se realmente isso fosse o foco, independentemente de pressão, o futebol não retornaria. Estamos vivenciando o maior efeito manada de todos os tempos. Seja para o bloqueio, seja para a liberação. Escolham outra desculpa para justificar interesses políticos; a covid, depois do que fizeram com o futebol, não pode ser. Trata-se da velha política de pão e circo. Liberaram, com todo o respeito, o circo, só esqueceram de liberar o pão, e essa falta matará muito mais do que a pandemia.