As empresas, vítimas da espoliação pública e insegurança jurídica, não têm caixa
Um dos piores sentimentos que podemos ter é o da incerteza. Não sabermos o que acontecerá nos próximos dias, angústia profundamente a cada um de nós. Já sentimos saudades dos momentos em família e da possibilidade singela de ir a parques e fazermos nossos churrascos entre amigos. Desde as primeiras notícias, mantivemos nossa família em isolamento, com o objetivo de proteger a nós e, muito mais, aos outros, pois, em tese, estamos fora do grupo de risco. Dito isto, é importante que todos tenhamos empatia neste momento, também precisamos pensar nas questões econômicas.
Certamente o Brasil não aguentará uma parada pelo período que está sendo projetado. Somos um país muito frágil economicamente. As empresas, vítimas da espoliação pública e insegurança jurídica, não têm caixa. Os cidadãos, trabalhadores, não conseguem fazer poupança, pois são obrigados a gastar tudo que ganham para conseguir sobreviver com o mínimo de dignidade. Ou seja, esta conta não fechará. Discurso para um lado ou para outro, simplesmente, não fechará! Há necessidade de decisões lógicas e sensatas. Francamente, não vejo muita coisa. Vejo políticos populistas tentando ser mais “bonzinhos” do que os outros. Parece uma competição de quem restringe mais. Tem até casos de restrição da indústria alimentícia. Absurdo, se fechar a base da economia, não adianta ficarmos em casa, porque não terá comida e aí morreremos de fome. Não há um plano de ação, uma estratégia. Há medidas atabalhoadas, sem critério científico. Tem cópia de ações de outros países, sendo que nosso clima é, inclusive, inverso ao deles.
Trancamos as pessoas agora para liberar no inverno? Ou passaremos o inverno em nossas casas? Infelizmente, não tenho as respostas e o que mais me preocupa é que, quem deveria ter, aparentemente, também não tem. Necessitamos de medidas governamentais racionais para ajudar os empresários. Precisaremos de apoio. Teremos uma horda de desempregados. Faltará renda. O mercado livre é forte, mas é difícil passar por intervenção tão profunda. Que venham urgentes flexibilizações das regras trabalhistas e tributárias. Enfim, que todos fiquem bem. Sigamos em frente.