Que desafio viver no mundo atual. A era da informação em que mais nos sentimos desinformados
A velocidade com que a compreensão da pandemia se modifica nas nossas vidas é impressionante. A sensação que tenho, por todas as notícias, e olhando para o passado, é que a pandemia era inicialmente muito intensa, reduziu nas eleições municipais, saiu de férias no final de ano e piorou logo depois, apesar do constante número de mortes. Aí me pergunto, que vírus é este que toma diferentes proporções, em épocas pontuais? Hoje mesmo, o Estado enfrenta mais uma onda pesada em que, segundo especialistas, estaríamos com a bandeira preta, mas pelo que estamos vendo nas ruas, estamos em “bandeira branca”. Será que as coisas artificialmente melhoraram porque há interesses que desconhecemos claramente? Será que somos marionetes nas mãos daqueles que têm o poder de dizer o que podemos fazer? Será que vivemos em estado de medo contínuo e estamos à mercê de tudo que nos dizem? Antes era o medo da pandemia, ela mata, agora das vacinas, que afastam a doença, mas podem “mudar o seu DNA para sempre”. Nessa enxurrada de dúvidas, a pandemia exacerbou o mundo dos extremos. A falta de convicção, tão importante para conduzirmos nossas vidas, nos acompanha em diversos aspectos. Não são raras as vezes que não sabemos no que acreditar. Será que é normal? Algumas pessoas com suposta certeza sobre tudo, com opiniões construídas nas leituras dos “profundos” tweets e outras que até buscam entender o porquê das coisas, mas ainda assim, têm severas dúvidas sobre o que fazer ou pensar. Que desafio
viver no mundo atual. A era da informação em que mais nos sentimos desinformados. A era da construção de um ambiente melhor, em que desconstruímos relações por qualquer motivo. Viramos a era do bem e do mal e da minoria versus a maioria. Uma pena, fomos levados para o nosso pior lado. Aquele que não convive com quem tem opiniões distintas. Que não convive com quem pensa diferente. Basta uma palavra e pronto, seu amigo “saiu do grupo”. Não quis se incomodar e procurou outras pessoas que pensam como ele. Resultado: exacerbação de opiniões idênticas. Nos dias atuais, que deveríamos estar crescendo com debates profundos, emburrecemos com a irracionalidade da verdade única.