Viajar no tempo é o desejo de muitas pessoas, mas ainda não existe um método que nos permita voltar ao passado ou avançar para o futuro. Apesar disso, recentemente vivi a experiência de voltar no tempo.
Viajei para Havana, capital de Cuba. Havana é uma cidade lindíssima, e o povo cubano é encantador. Acontece que por lá o tempo parou. Em reação à restrição de direitos e à desapropriação de terras de empresas americanas pelo governo cubano, em meados de 1960, os Estados Unidos bloquearam a ilha cubana nos âmbitos econômico, comercial e financeiro.
Alguns poderão dizer que o problema de Cuba é o fato de ter sofrido o embargo dos Estados Unidos. Mero engano. O problema de Cuba é seu regime social, assim como foi o problema da Alemanha Oriental, da Rússia e da Venezuela. Sou testemunha ocular de que o socialismo não funciona para o povo. O salário mínimo é irrisório, falta comida, faltam remédios e não há incentivo para prosperar.
Conversei com muitos cubanos e os questionei sobre o que pensavam da situação de Cuba. Recebi a resposta de que o socialismo é bom; todavia, o problema é que não há comida, não há saúde e não há dinheiro. Percebi, espantosamente, que os cubanos não conseguem perceber – ou não foram preparados para perceber – que tirar dinheiro de quem tem para dar a quem não tem resulta em “pouco para todos”. A falta de dinheiro, saúde e comida não é um isolado problema econômico, e sim uma consequência do regime social.
A prosperidade, a abundância e o conforto são resultados da liberdade política e econômica, as quais somente são possíveis por meio de liberdade de expressão, propriedade privada e livre mercado. A função do governo é defender os direitos individuais. Quando é o próprio governo que viola esses direitos, algo está errado. Como diz o ditado, o pior cego é aquele que não quer ver.